Justiça iraniana teria levantado falsas acusações contra pastor condenado
Sentença por abandonar o islã alarma cristãos do mundo inteiro
Bob Unruh (WND)
As autoridades
iranianas voltaram atrás nas acusações que fizeram durante meses, de que o
pastor estaria sendo condenado por deixar o islã e, por esse motivo, sujeito a
pena de morte. Mas seus defensores continuam preocupados com a integridade do
pastor.
Pastor Youcef Nadarkhani
Em reportagem do WND há vários dias, uma campanha estava
sendo organizada para pedir à Casa Branca que pressionasse o Irã a não executar
o pastor cristão Youcef Nadarkhani.
Até o momento, dezenas de milhares de pessoas participaram
de manifestações públicas pela proteção de Nadarkhani.
E no último dia 6, de acordo com reportagem no International
Business times, as autoridades iranianas , sem qualquer aviso, decidiram que
Nadarkhani estava preso sob outras acusações, e que “Não havia ordem de
execução, pois não havia sentença emitida”.
O recuo havia sido atribuído pelo International Business
Times a Mohammad-Javad Hesehmati, chefe do judiciário na província de Gilan.
Nadarkhani foi preso e condenado por apostasia (rejeitar o
islã) em 2009, crime suscetível a pena de morte no Irã.
Em uma carta enviada a Barack Obama, o embaixador iraniano
das Nações Unidas, Mohammad Khazzaee, o comissário das Nações Unidas para os
direitos humanos, membros do Congresso americano e o fundador e presidente do Instituto
Rutherford, John Whitehead, afirma que está na hora do líder do mundo livre
tomar a frente para salvar a vida de Nadarkhani.
“A voz do mundo livre é o presidente dos Estados Unidos. Em
uma situação como essa, o presidente precisa fazer uma declaração", afirma
Khazzaee.
De acordo com o Christian Solidarity Wordwide, que esteve
buscando apoio para o pastor, “Informações não confirmadas indicam que o
destino do pastor pode estar nas mãos do líder religioso local, o aiatolá
Ghorbani".
“Após uma manifestação a favor do pastor Nadarkhani
organizada pelo Christian Solidarity Worldwide, o embaixador do Irã em Londres
emitiu uma declaração de que os temores de uma sentença de morte eram
‘incomprovadas’. No entanto, em uma situação preocupante, começou-se a espalhar
desinformação nos últimos dias envolvendo as acusações contra o pastor. Há
alegações de que ele havia sido condenado por estupro e acusações de que ele é
um sionista ‘trabalhando contra a ordem islâmica’. Fontes próximas ao caso
expressaram receio de que as autoridades iranianas estejam movendo esforços
para formular acusações falsas com o intuito de justificar a sentença”, diz a
reportagem do CSW.
“O CSW está em posse de documentos originais do processo,
que afirmam claramente que a acusação é de apostasia, e que a sentença de morte
foi defendida pela Suprema Corte” afirma o diretor executivo da CSW, Mervyn
thomas.
“A tentativa do Irã de inventar novas acusações contra o
pastor Nadarkhani a essa altura só vai gerar uma repercussão negativa para o
regime, e servirá apenas para sujar a reputação do sistema legal iraniano,
gerando questionamentos a respeito da independência do judiciário", afirma
Thomas.
A organização afirma que suas fontes no Irã ”negaram
veementemente os relatos de que havia uma anulação verbal da sentença de
morte”.
“Fazemos um apelo a todos para que não tirem conclusões até
que um veredito formal seja emitido pelo tribunal na próxima semana. Enquanto
isso, precisamos manter a pressão ao regime iraniano para prevenir sua
execução”, afirma o grupo.
A prisão de Nadarkhani aconteceu depois que ele protestou
contra a decisão do governo de ensinar o islã a crianças cristãs. Os filhos de
Nadarkhani também estariam sujeitas à instrução islâmica.
Reportagens da Assyrian International News Agency afirmam
que Nadarkhani nunca foi muçulmano em sua vida adulta, e que se recusou a
renunciar sua fé cristã.
Ainda de acordo com a AINA, o tribunal exigiu pela quarta
vez que o pastor renunciasse sua fé cristã.
“Quando o ordenaram que se arrependesse, Nadarkhani disse:
‘Arrepender-se significa voltar atrás. Para onde eu voltaria? Para a blasfêmia
que eu tinha antes da minha fé em Cristo?’
‘Para a religião dos nossos antepassados, o islã’, respondeu
o juiz, de acordo com o American Center for Law & Justice.
‘Não posso’, disse Nadarkhani”.
Whitehead afirma que Nadarkhani tem direito às mesmas
proteções legais que a lei iraniana supostamente garante a todos os seus
cidadãos.
“Ele não matou ninguém. Nadarkhani só quer que seus filhos
tenham autonomia religiosa. A constituição iraniana dá liberdade religiosa ao
seu povo", afirma Whitehead.
Ele acrescentou que todos os americanos e ocidentais devem
manifestar repúdio.
“É nosso dever nos manifestarmos. Como cristão, estou
horrorizado, mas como um americano eu fico horrorizado que nosso governo
mantenha silêncio enquanto esse tipo de coisa acontece”.
“Estou horrorizado que não haja mais igrejas ou organizações
cristãs se manifestando. Por que estamos em silêncio? Por que a Anistia
Internacional não está reclamando? Por que o Instituto Rutherford está sozinho
nessa?
Fonte: http://juliosevero.blogspot.com/
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